21 março 2007

Escuridão e Silêncio (alegoria)

Caminhando por uma estrada deserta, de chão batido, no meio da noite, na escuridão, no silêncio, sem nenhuma luz pra me guiar, sem nenhum som pra me assustar. O único som que assusta é o meu próprio pensamento. O pensamento assustado com toda a situação de impotência diante da escuridão invencível. A constatação que estar no meio do nada, no escuro, não é nada pós-moderno. E a mente a martelar o medo, a controlar a pessoa. Até que, como uma luz, começo a me dar conta da respiração, do som do mar ao longe, dos meus passos. Dos grilos e outros insetos que fazem barulhos gozados. Não tem vento pra balançar as árvores. De repente tudo fica calmo, tudo segue um curso natural. Sigo pela estrada, como quem segue pela vida, em busca de felicidade.


Texto escrito há muito tempo atrás. Mas bonito. :)

c.


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