31 dezembro 2006

Ano Novo

Feliz 2007 para todos. É o que desejam as pessoas que escrevem nesse blog. Dizem que 2007 vai ser o ano do fogo, e que virando o ano de vermelho ou amarelo, você atrai um pouco a força desse fogo pra sua vida.

Por isso que eu vou passar o reveillon de azul. Morando no Rio de Janeiro, a última coisa que eu quero é atrair o fogo pra minha vida...

28 dezembro 2006

Lista

As músicas que mais me marcaram desde que eu comecei a ouvir música seriamente. (Isso é lá pelos idos de 1995. E o critério de seleção foi a memória e o quanto eu já ouvi, em termos de repetição maníaca.)

- Beatles. (Nenhuma lista é completa sem eles, e eu arriscaria dizer que nenhuma lista que não é encabeçada por eles é acurada. A música que eu mais gosto de repetir é You`ve got to hide your love away. Eu a menciono aqui, mas é injustiça com todas as outras).

- Oasis. (Minha primeira paixão musical, certamente. Não a melhor - primeiros amores nunca são os melhores - mas a primeira. Menção para a clássica Wonderwall e Masterplan. Mas definitivamente D`yer wanna be a spaceman, que é um bootleg que tinha em uma fita K7 que eu ganhei uma vez, me ganhou.)

- With or Without You. (Já foi exaustivamente comentado em post anterior.)

- Folson Prison. (Johnny Cash. Descobri nesse ano que finda, graças ao Du. Nota-se que esta lista não é cronológica.)

- Spaceboy. (Smashing Pumpkins. Melodia arrebatadora, com um refrão lindo e catchy.)

- Make Up. (Elefant. Descoberta desse ano, graças a uma amizade on line, é uma música sexy. É tudo que eu posso dizer.)

- Fou de toi. (Manu Chao. O Manu é uma paixão antiga, desde King of the Bongo eu "persigo" esse rapaz.)

- It`s true that we love one another. (White Stripes. Tem uma frase ótima "love really bugs me", além de ser uma conversa bastante interessante sobre amor. Eu adoro White Stripes.)

- I just don`t know what to do with myself. (Idem. O título é ótimo. Idem.)

- The Yeah Yeah Yeah Song. (Flaming Lips. Mais uma das muitas de bandas que me foram apresentadas ano passado por um amigo querido. Entretanto, essa música quem me passou foi o Du, e eu simplesmente AMO.)

- Loaded. (Primal Scream. Ganhei de presente. Adoro, realmente adoro. E eu já ouvi tantas vezes que memórias espaço-temporais não existem.)

E cadê o Bob? E o Cat Stevens? Meu Deus, e o John? Ahhh, tava lá, com os Beatles, mas e Imagine? Jealous? E o Nick Cave? E o Leonard Cohen? Estão todos, com certeza estão.


c.

26 dezembro 2006

Post-Xmas + Coceiras no Cérebro

Noite de véspera de natal, todas as pessoas reunidas em casa com a família, umas poucas cabecinhas aparecendo nas janelas, os prédios enfeitados dos mais variados tipos de luzes piscantes que, juntas, acabam construindo algo harmônico a partir do caos, a rua molhada, refletindo a luz alaranjada dos postes, tudo vazio, tudo tranquilo. A ceninha é a mais clichê. Mas até que fica bem bonito.

* * *

A melhor do Natal: Meu tio, já no mais alto grau etílico, depois de me examinar de cima a baixo, diz: "Mas é bonitinho esse menino, né? Bonitinho, ele. Qual é teu nome?".

* * *

Não sei se já é hora de fazer listinhas de melhores do ano. É acho que não. Parando pra pensar, 2006 não teve taaaantos melhores assim. Mas quando for a hora, eu vou botar uma música do Cansei de Ser Sexy nas músicas do ano, e vocês, por favor, não manguem de mim. "Superafim, superafim, superafim de mim...". Uhu! Digo, digo, é tudo culpa daquela teoria científica da coceira no cérebro. Esses malditos pesquisadores...

* * *

Pra terminar, diretamente do Youtube, um dos clipes mais bonitos do mundo, o dueto do Nick Cave com a PJ Harvey, nessa música que está no álbum "Murder Ballads" e no DVD de vídeos do homem. Tem coisas que só a internet faz por você.

Henry Lee. Clique AQUI para assistir.

23 dezembro 2006

With or Without ou por que eu admiro pessoas que já viram o U2 ao vivo


No livro 31 Canções (que eu gentilmente ganhei de Natal do Du) o Nick Hornby escreve sobre a música que ele mais ouviu ao longo de 25 anos, e tenta descobrir por que Thunder Road, do Bruce Springsteen tem esse efeito “magnético” sobre ele. Ele parte de uma constatação, embasada na paixão pessoal e no fato de já ter escutado, por alto, umas 1500 vezes essa música, e tenta descobrir por que determinadas músicas nos atraem mais do que outras.

A minha Thunder Road é With or Without You, do U2. Todo mundo sabe isso, e quem não sabe eu aviso. Não acontece de eu associar a nenhum evento, pessoa ou ano escolar (“ah, isso é muito oitava série”, etc...). Não, é uma música que eu já ouvi tantas vezes que essas associações espaço-temporais não cabem mais na minha relação com esta canção (essa idéia é de Hornby, assim como usar a palavra canção no lugar de música...). Eu lembro de, uma vez, estar no Opinião, dançando na pista quando começaram os primeiros acordes inconfundíveis de With or Without You. Bem nessa hora, que é, para mim, de uma apreciação sagrada, um feioso (coitado!) pediu pra ficar comigo. A hora é muito sagrada para ficar com alguém! Uma vez, voltando de uma festa, no táxi, começou a tocar a “minha música”. O taxista aumentou só pra eu poder apreciá-la, olhando a cidade deserta da madrugada passar por mim, linda e em paz.

Muitas outras músicas foram motivos de paixão por minha parte. Wonderwall, os Beatles inteiros, Cat Stevens, Manu Chao, Elefant, White Stripes, mas eles não têm o appeal que With or Without tem. Alguns chegam perto. Alguns eu já ouvi over and over again. Já pus no repeat, para não precisar parar pra a música voltar. Mas With or Without me estaca, mi colpisce, me faz parar para apreciar.

De algum modo, é uma música que me faz prestar atenção no momento que eu estou, e isso é muito zen. Eu páro o que estiver fazendo para ouvi-la. Naquele exato momento, de olhos fechado, eu interrompo a escrita da dissertação para ouvir cada nota, cada mudança de tom, cada palavra que o Bono diz. Elas me atingem e me fazem viver apenas naquele momento, como se mais nada existisse entre eu e a música.

E é por isso que eu gosto de música, porque elas têm o poder de te atingir e te colocar no momento presente (quando elas passaram da fase de trazer apenas reminiscências).

E eu faço parte do grupo de pessoas que acha que o ao vivo é bem melhor do que o reproduzido. Isso vale pra um Van Gogh, um Ansel Adams (que eu nunca vi ao vivo mas já me disseram que causa um efeito muito maior do que sua reprodução), vale para o Davi de Michelangelo, e vale para a música tocada ao vivo também. Ela te atinge muito mais do que quando toca no rádio. E é por isso que eu admiro que já viu o U2 ao vivo.



21 dezembro 2006

Xuxu deseja um Feliz Natal

14 dezembro 2006

A cantada do Corto Maltese


Meu mais novo ídolo da ficção é o Corto Maltese... Já escrevi sobre ele outro dia, e agora coloco aqui um quadrinho, da Balada do Mar Salgado...

c.

11 dezembro 2006

I'll Never Fall In Love Again

I'll Never Fall In Love Again
Burt Bucharach e Elvis Costello

What do you get when you fall in love?
A guy with a pin to burst your bubble
That's what you get for all your trouble
I'll never fall in love again
I'll never fall in love again

What do you get when you kiss a girl
You get enough germs to catch pneumonia
After you do, she'll never phone you
I'll never fall in love again
I'll never fall in love again

Don't tell me what it's all about
'Cause I've been there and I'm glad I'm out
Out of those chains those chains that bind you
That is why I'm here to remind you

What do you get when you give your heart
You get it all broken up and battered
That's what you get, a heart that's shattered
I'll never fall in love again
I'll never fall in love again

Out of those chains those chains that bind you
That is why I'm here to remind you

What do you get when you fall in love?
You only get lies and pain and sorrow
So for at least until tomorrow
I'll never fall in love again
I'll never fall in love again

I'll never fall in love again
I'll never fall in love again

10 dezembro 2006

Pior Clipe do Mundo

Sério candidato a Pior Clipe do Mundo:

Apache. Consta, no blog do Lúcio Ribeiro, que a música virou sucesso nas pistas de dança, apesar de ser um hit antigo...

c.

Concurso: Nomes Estranhos

É lugar comum já que existem pessoas com nomes estranhos. Xuxa, do meu ponto de vista, é um deles. Um Dois Três, segundo os livros de Direito, também existe e é bastante esquisito. Aportuguesamentos de nomes em inglês também são interessantes: Maico, Uiliam, entre outros genias. Mas eu queria mesmo é apresentar alguns da família. Minhas bisavós "se puxaram" ao dar os nomes. Outro dia tive que dizer minha filiação completa, incluindo nome de avós. Comecei pelos maternos: Romanita e Felizberto. Aí passei pros paternos: Teresinha (que é o mais normal de todos) e Valckenaer. Eu digo, alta seleção de nomes esquisitos. O Valckenaer ganhou um apelido mimoso, Nenê. O vô Nenê. Mas minhas bisavós não pararam por aí, e têm escolhas bastantes inusitadas (vale ressaltar que são [ou foram, pq muitos já se foram]todos ótimas pessoas).

Temos, então:
Felisberto (a.k.a. Beto)
Filevalter (a.k.a. Valter)
Filogone (a.k.a. Gone)
Filebergen (a.k.a. Bege)
Risoleta (a.k.a. Leta, o bendito fruto da irmandade)
Olenca

Então, colabore! Nomes estranhos na família? Fora da família?

c.

09 dezembro 2006

Dez pequenas coisas que eu lembro de Porto Alegre

- O monumento das Cuias
- O estádio do Inter, que é mais bonito que o do Grêmio
- Pizza de frigideira (que eu nunca tinha visto na vida)
- Anúncio do show do Tchê Garotos
- Marzipã
- "Temporada de Caça", do Enki Bilal
- Uma plantinha que a gente joga pro alto e ela cai girando que nem hélice

- Mágica pra desgrudar arroz do fundo da panela
- "Eduardo, passa o cinto!"
- Uma chaminé enoooorme de grande que fica perto do rio Guaíba

eu gosto do Bob Dylan


Eu gosto do Bob Dylan. Desde o primeiro disco que eu ouvi, adoro. É uma coletânea dele, que minha mãe comprou uma vez. (Aliás, minha mãe me apresentou o John e o Paul, o Cat Stevens e o Bob Dylan...) Gosto de Mr Tambourine Man e muitas outras. E recentemente vi o filme que o Coppola fez sobre ele, o No Direction Home, e adorei. As entrevistas dele são o máximo, porque ele nunca gosta das perguntas e nunca responde direito. E ele ganhou uma guitarra do Johnny Cash (que foi o Du que me apresentou).
Eu adorei essa foto porque ele está sorrindo de um jeito meigo (!!). Segundo consta eu tenho uma fixação por sorrisos em fotografias... Talvez seja. Segundo o cânone dos retratos, o retratado deve sempre sorrir... E o Bob está sorrindo ali.


Vídeo do Johnny Cash com o Bob Dylan.


(não consigo nem mudar a cor nem trocar a letra...)

c.

07 dezembro 2006

Desmontando as Teorias

A Teoria: Após escutar uma música que eu não lembro mais qual foi, a Carolina, depois de muito pensar com os botões do seu tocador de mp3, quis me convencer que as melhores músicas são aquelas cujo refrão é o próprio título da música. Naquele dia, não conseguimos pensar em nenhuma exceção à regra que realmente contasse. Mas hoje pensei em algumas, só pra forçar essa guria a formular uma teoria nova...

Nirvana - Smells Like Teen Spirit
Muse - Muscle Museum
Radiohead - Paranoid Android
Led Zeppelin - Candy Store Rock
Stone Temple Pilots - Interstate Love Song
David Bowie - Space Oddity
Neil Young - After the Gold Rush
(e eu vou aumentando conforme for lembrando)

Seria (muita) covardia minha colocar na lista uma música instrumental também?

E.

Papelzinho da minha mãe

Na faxina do nosso "escritório" encontro esse papelzinho, anotado com a letra da minha mãe, no qual estava escrito apenas CONHECIMENTO. É o mais importante, imagino. Está lá, sozinho, bem posicionado no centro do papel... :-)

05 dezembro 2006

Luto.

... os posts não ficam bem escritos. Fico pensando que não se deve morrer aos 18 anos. Principalmente não se deve morrer do modo como a Ivy, a quem eu não conheci mas minha irmã sim, morreu. Uma sacada não deve cair em cima de você. O impacto dessa sacada, que caiu na tarde de sexta-feira, não atingiu somente a ela. Ele segue atingindo a família, segue marcando os amigos, que vão se lembrar para sempre dela. Para alguns será um marco. E esse impacto chegou até mim, imagino que na forma de compaixão. Algum tempo atrás conversei com a minha mãe sobre os modos como as pessoas atingem e sentem umas às outras, e chegamos a uma conclusão. Nós estabelecemos conexões na medida em que nos colocamos no lugar do outro. E no caso da Ivy, eu me coloco no lugar dos colegas, e imagino o quão horrível deve ser perder um amigo, em qualquer idade, mas principalmente nesta, em que não é certo morrer. Me coloco no lugar dos pais, e chego a sentir uma dor, que não deve se comparar àquela que eles sentem. Lágrimas me vêm nos olhos. Me coloco no lugar dos professores, e fico imaginando perder uma aluna. Lembro de uma professora querida da PUC, a Zezé, que perdeu uma aluna durante o semestre que tive com ela. Naquele dia ela chorou em sala de aula. Disse que não era justo. E não é, de fato. Morrer antes de viver plenamente não é justo. Hoje mais uma notícia triste. Morreu mais um filho único, assim como a Ivy, em um acidente de carro. Ele tinha 22 anos, e estava se formando em jornalismo na mesma Universidade que eu estudei. Não se deve morrer aos 22 anos, às vésperas de defender uma monografia de 80 páginas sobre o Google Earth. Simplesmente não se deve. Não é justo.

Esse post será em preto. As cores importam.

c.

Nas florestas de Sherwood com o Kevin Costner...


Há uns dias atrás não resisti e comprei o DVD do Robin Hood, o Príncipe dos Ladrões, aquele com o Kevin Costner. Saiu por 19,90. Comprei também A Princesa e o Plebeu, com a Audrey Hepburn. Dois clássicos que não se combinam, mas a natureza humana é assim mesmo. Voltando ao Robin Hood... O filme é de 1981!! pra meu espanto. Eu assisti a primeira vez lá na praia, em Imbé. Provavelmente na Sessão da Tarde, de alguma tarde chuvosa e sem nada pra fazer... Devia ser pelos idos de 1990. Robin Hood, o Príncipe dos Ladrões. Meu pai diz que o outro é muito melhor, eu já vi, mas... não tem o mesmo romance... Eu gosto particularmente do mouro. Os mouros eram muito mais desenvolvidos que os europeus, e isso é bastante perceptível no filme. Agora, como historiadora, entendo muito mais o filme. O medo das florestas, não se entrava nelas. Daí vem a história da Chapeuzinho Vermelho, João e Maria, etc. E roubar dos ricos para dar aos pobres até hoje parece uma boa idéia... Além do que, tem um romance, nenhum filme hollywoodiano pode ficar sem um romance... E quem não iria querer um beijo como aquele do casamento? E quem, com 12 anos, não quer uma casinha na árvore? (Ai, com as generalizações eu pareço a Martha Medeiros... Blergs... Mas um grande número de crianças gostaria...). Enfim, comprei mais um clássico da Sessão da Tarde, para se juntar ao Curtindo a Vida Adoidado...

c. (verde, como a floresta.)


04 dezembro 2006

Fragmentos do Correio do Povo



Há algum tempo atrás eu estava pesquisando em edições antigas do Correio do Povo, não lembro bem dos anos, mas era lá pelas décadas de 1920, e caiu um pedacinho, que eu guardei. Tá aí frente e verso.

c.

03 dezembro 2006

A sabedoria do Corto Maltese - ou, de todo modo, Corto Maltese